A situação da educação no município de Anhanguera, Goiás, tem gerado revolta entre pais e responsáveis de alunos que vivem na zona rural. O descaso da gestão municipal tem comprometido o direito fundamental ao ensino, deixando estudantes sem transporte adequado para frequentar a escola regularmente. A justificativa dada pela secretária de Educação, Jusane Francisca da Silva, tem sido vista como um desrespeito com a população, evidenciando a falta de planejamento e compromisso do governo municipal.

Estradas precárias e falta de manutenção
A prefeitura de Anhanguera, sob a gestão do prefeito Marcelo Martins de Paiva, tem a obrigação de garantir que as estradas rurais estejam em condições adequadas para a circulação de veículos, especialmente aqueles destinados ao transporte escolar. No entanto, a realidade enfrentada pelos moradores da zona rural é o oposto. Segundo relatos de pais e até mesmo da própria secretária de Educação, os ônibus e veículos responsáveis pelo transporte de estudantes estão quebrados devido às más condições das estradas.
Os alunos estão sendo diretamente prejudicados, com atrasos constantes e até mesmo cancelamentos do transporte. Na última semana, muitos estudantes conseguiram comparecer às aulas apenas dois dias, e nesta semana, até agora, já enfrentaram mais um dia sem transporte. Isso impacta diretamente no aprendizado e no direito à educação, garantido pela Constituição Federal.
A desculpa da gestão municipal
Em áudios enviados a um grupo de pais, a secretária Jusane Francisca da Silva confirmou a precariedade do transporte e alegou que a situação está fora do seu controle. Segundo ela, o município não possui equipamentos funcionando para a manutenção das estradas, e até mesmo motoristas contratados para realizar o transporte desistiram após verem as condições dos trajetos.
“Os carros estão quebrados, não têm conserto. O que a gente pode fazer, a gente está fazendo”, declarou Jusane. A secretária também revelou que já foi denunciada por tentar improvisar soluções para transportar os estudantes em veículos inadequados, mas que teme ser responsabilizada legalmente caso ocorra algum acidente.
Pais se revoltam com descaso da administração
A resposta da secretária não convenceu os pais, que veem a falta de transporte como um problema recorrente e inaceitável. “Toda semana tem uma desculpa diferente”, desabafa um dos responsáveis. Segundo os relatos, além da dificuldade de transporte, os estudantes perdem o primeiro horário das aulas sempre que conseguem chegar à escola, prejudicando ainda mais o aprendizado.
A indignação cresce diante da falta de ação concreta do poder público para solucionar o problema. A responsabilidade pela manutenção das estradas é da prefeitura, e o prefeito Marcelo Martins de Paiva deveria garantir que a infraestrutura do município permita a circulação segura dos veículos escolares.
Descompromisso com a educação
O problema da falta de transporte e estradas intransitáveis expõe um cenário de descaso com a educação pública em Anhanguera. Vale lembrar que Jusane Francisca da Silva, antes de ocupar a Secretaria de Educação, concorreu ao cargo de vereadora nas últimas eleições e obteve apenas cinco votos, o que mostra a falta de apoio popular para seu trabalho político. Agora, à frente da pasta responsável pelo ensino, ela demonstra a mesma falta de compromisso e eficiência na gestão da educação do município.
A situação exige uma resposta urgente do prefeito Marcelo Martins de Paiva. Se a prefeitura alega não ter máquinas para a manutenção das estradas, qual foi o planejamento da gestão para garantir a trafegabilidade rural? O município sabia que o transporte escolar voltaria a operar com o início das aulas, então por que não houve uma ação antecipada para evitar esse transtorno?
Quem paga pela irresponsabilidade?
No fim das contas, quem sofre são os alunos, que têm seu direito à educação violado. O prefeito e a secretária de Educação devem uma explicação à população e precisam apresentar uma solução imediata para garantir que todas as crianças da zona rural possam frequentar a escola regularmente e com segurança. A educação deve ser prioridade, e não mais uma área negligenciada pela administração pública.