Um caso de negligência envolvendo um pet shop gerou revolta em Catalão, no interior de Goiás, na última quinta-feira, 10 de abril. Theo, um cachorro de estimação, foi deixado trancado dentro de um carro por funcionários do estabelecimento por várias horas, sob calor intenso e sem qualquer ventilação ou acesso à água. O animal chegou a ser resgatado com vida e levado a uma clínica veterinária, mas não resistiu.

Segundo relatos da família, o pet foi buscado em casa por um funcionário do pet shop e deveria receber apenas um atendimento de rotina. No entanto, Theo foi esquecido dentro do veículo após a chegada ao local. A situação só foi percebida horas depois, quando o cão já apresentava sinais graves de desidratação e hipertermia.
Após ser retirado do carro, Theo foi levado com urgência a uma clínica, onde recebeu todos os cuidados médicos possíveis. O veterinário responsável tentou reverter o quadro clínico com medicação e hidratação intensiva, mas o estado do animal era grave. Mesmo após horas de internação, ele não resistiu às consequências da exposição prolongada ao calor extremo.

A filha da tutora usou as redes sociais para relatar o ocorrido e expressar sua indignação. “O Theo foi um guerreiro. Tentou resistir, mas foi tamanha crueldade terem esquecido ele lá. Sem ar, sem água. Isso não foi amor. Quem esquece um cachorro, esquece uma criança”, escreveu.
Theo era considerado pela família como um verdadeiro companheiro. Dócil, calmo e muito amado, sua morte deixou não apenas dor, mas um forte sentimento de injustiça. A família informou que o caso será levado às autoridades para que os responsáveis sejam investigados e responsabilizados judicialmente.
De acordo com a legislação brasileira, maus-tratos a animais configuram crime e podem resultar em prisão, multa e outras penalidades. O caso deve ser apurado pela Polícia Civil de Goiás, que já foi acionada pelos tutores.
Até o momento, o pet shop não se manifestou oficialmente sobre o caso. A família pede justiça e alerta outros tutores para que redobrem os cuidados ao confiar seus animais a terceiros.
“Que isso não passe em branco. Que o caso do Theo sirva como alerta. Ele não merecia esse fim. Só queremos que ninguém mais passe por essa dor”, concluiu a tutora.